O mercado de títulos públicos federais é um dos alicerces do sistema financeiro brasileiro, proporcionando liquidez diária e segurança a investidores de todos os perfis. Desde o lançamento do Tesouro Direto, em 2002, o acesso aos títulos do governo se tornou mais simples e democrático.

Em 2025, o mercado secundário destaca-se pelo crescimento acelerado, reflexo da modernização das plataformas e do aumento da confiança de pessoas físicas e instituições. Com uma dívida pública mobiliária interna superior a R$ 7,9 trilhões, o Brasil oferece oportunidades robustas para quem busca proteção contra inflação e rentabilidade atrativa.

Tipos de Títulos Públicos Federais

Para que qualquer investidor possa escolher o título que melhor se adequa aos seus objetivos, apresentamos um resumo das principais características de cada modalidade.

Como Investir no Tesouro Direto e no Mercado Secundário

A porta de entrada mais conhecida é o Tesouro Direto, ideal para investidores de varejo. O programa permite acesso fácil e baixo custo operacional, além de liquidez diária.

• Cadastro em uma corretora ou banco habilitado.
• Escolha do título e valor a investir (a partir de R$ 30).
• Acompanhamento da rentabilidade e negociação de compra e venda.

Para volumes maiores e operações mais sofisticadas, o sistema Trademate (B3), lançado em julho de 2023, substituiu a antiga plataforma Trader. Com mais de 500 participantes e integração total com sistemas de pós-negociação, o Trademate permite negociar títulos privados e CBIOs, ampliando o escopo de oportunidades.

Riscos e Liquidez

Embora o crédito seja assegurado pelo governo federal, há riscos de mercado em títulos pré-fixados e híbridos, pois o valor de resgate varia conforme as condições econômicas. A liquidez diária, no entanto, reduz a insegurança em relação ao momento do resgate.

• Risco de crédito: praticamente inexistente.
• Risco de mercado: oscilação das taxas de juros.
• Liquidez diária: resgate a preço de mercado.

Para obter rentabilidade garantida até vencimento, o investidor deve manter o título até a data final. Caso decida vender antecipadamente, o preço oscilará de acordo com a curva de juros vigente.

Dados de Mercado em 2025

No acumulado de outubro de 2025, o volume negociado no mercado secundário chegou a R$ 328 bilhões, alta de 8% em relação ao mês anterior. O recorde diário, em 6 de novembro, atingiu R$ 46,9 bilhões na plataforma Trademate.

• R$ 18,8 bilhões em títulos públicos federais.
• R$ 28,1 bilhões em títulos privados.
• R$ 5,9 trilhões em títulos públicos desde julho de 2023.

Esses números demonstram como o mercado está em constante expansão e consolidação, atraindo cada vez mais investidores que buscam estabilidade num cenário de juros reais elevados.

Tendências e Perspectivas para 2025

As reformas regulatórias recentes, como o regime FACIL, visam simplificar a emissão de debêntures por pequenas empresas, ampliando o leque de ativos de renda fixa. A participação corporativa no mercado de capitais saltou de 25,5% em 2022 para 31,2% em 2024.

Outros pontos de destaque:

• Modernização das normas para fundos de investimento.
• Foco em políticas de incentivo à negociação de ativos.
• Integração de títulos públicos com ativos reais para diversificação.

Com a Selic em 15% e a inflação sob controle, os títulos públicos continuam sendo uma das opções mais atrativas para quem busca proteção contra inflação e rentabilidade sem abrir mão da segurança.

Conclusão: Por que Investir em Títulos Públicos?

O mercado de títulos públicos brasileiros oferece uma combinação única de segurança proporcionada pelo governo e oportunidades de ganhos ajustados à inflação ou às taxas de juros vigentes. A diversidade de produtos atende desde investidores conservadores até quem planeja aposentadoria ou educação futura.

Além disso, a modernização de plataformas como Trademate e a consolidação do Tesouro Direto ampliam a transparência e o acesso aos ativos, tornando esse mercado uma escolha inteligente para quem deseja construir patrimônio de forma consistente e participar ativamente do desenvolvimento econômico do país.